Memorias de um amigo

Desde o momento que nasci que vi em ti uma amizade sem explicação. Foi ao teu lado que aprendi o significado da palavra amizade. Contigo cresci, ao teu lado dei o primeiro passo para a vida, foi contigo que engatei a primeira miúda, nisso eras um craque, já eu conquistava-las com dom da palavra.
Éramos uma boa equipa, mas o destino não quis que assim fosse e sem dó nem piedade arranca um pedaço de mim, sem misericórdia num acto de crueldade sem fim rouba-te o que de mais precioso tinhas, num suspiro de morte, a tua alma é levada deixando o teu corpo entregue nas nossas mãos.


Tamanha brutalidade era necessária? Se deus existe onde estava ele? Esse ser que se julga dono do mundo não passava agora de um mísero covarde aos meus olhos, deixa de ter significado.

Desde esse momento que uma ferida enorme no meu peito ficou aberta susceptível ao teu nome, todos os dias ela lembra-me do que dói perder um amigo, amigo esse que será para sempre.

Sentimos a tua falta, foste um macro na minha vida, contigo passei bons momentos. Tu, eu e o teu primo Diogo éramos um grupo de bem, passamos por muito. Contigo crescemos, contigo partilhamos a nossa infância foi contigo que despertamos para o mundo.

Eras essencial, a cada momento juntos sentimos a falta de uma terceira pessoa essa pessoa que fazia rir, que alegrava o círculo de amigos.
És uma pessoa espectacular, e por isso ficaras na nossa memória para sempre, ainda hoje é o dia que se esbate no meu rosto uma lágrima de saudade, de desalento, sinto a falta de um bocado de mim que foi tirado sem dó nem piedade.       

Se o tempo volta-se atrás