A cada dia…

 Na penumbra da vida encontro-me, vivendo um dia de cada vez pressinto a chegada de uma brisa, brisa essa que actua como sendo zéfiro na sua suavidade e esplendor que sopra quando mais é preciso quando as corpos aclamam um suspiro de revitalidade num momento abrasador de calor, padeço desse vento de mudança como um corpo suado padece desse suspiro de verão tão apreciado.

Com o passar do tempo, vejo que nada sucede, preciso de alento como se de comida fosse, a alma carece de amor que não encontra, com u suceder dos dias fico mais desesperado, sem falta desse sentimento começa-se a esmorecer, cada vez mais débil fica, sendo difícil arranjar força como coragem na busca do seu sustento.

É aquela? Pergunto! E ela logo responde que podia ser, mas logo vem os devaneios de sempre, é a mente pregando partidas, essa matreira como sempre que com os seus preconceitos e medos habituais afasta qualquer hipótese de sucesso. E lá estou eu outra vez num impasse que esmorece, torno-me fraco, e ao mesmo tempo resistente ao sentimento fundamental da vida, que todos anseiam mas só alguns o realmente têm, eu já tive essa sorte mas tudo deitei a perder e agora vejo-me “alone on the world” , mas não há que desesperar, algo virá a aparecer mais cedo ou mais tarde, só falta saber é se será realmente o que procuro, pois nem tudo o que te aparece, como se de um sonho torna-se, discretamente descubro que vem disfarço de intenções o triliões de defeitos que são barreiras intransponíveis.

Vejo um defeito como uma qualidade ainda não trabalhada, um pedaço bruto de ínfimas possibilidades, do qual certamente resulta numa bela qualidade. Sem duvida que a cada dia procuro algo que se iguale a um defeito que possa trabalhar em prol da satisfação da minha alma…