lugar de reflexão

Batida suave incessante

Vejo me perdido, um sem fim de defeitos que tento corrigir sem sucesso, mas, quem sou eu afinal? Para querer alterar o que já me está destinado, sou um pedaço de carne ao abandono por deus e agarrado pelo diabo, e ele com aquelas mãos quentes padecendo misericórdias, o sorriso diabólico que me suga para um túnel sem fim glorioso (tunel, mas não do benfica), uma dor interminável se instala e a cada veia sinto o latejar de um coração sofrido acabado, rendido, mas aquele olhar aquele olhar que me atinge como o primeiro raio de luz de um sol que, que só nasce uma vez, esse sol não será eterno eu sei, mas iluminou um vazio dentro de um peito que outrora desistira, coberto pelas raízes da sombra e sugado pelo vento gelado de sentimentos ténues, esse sol acabou. Mas será que voltará? Será que nasce para mim uma vez mais? Vem a mim. Liberta este escravo do diabo dá-lhe um paraíso onde os limites da alegria já mais foram conhecidos, leva-me para um lugar onde os sentimentos ruins não existam e onde possa receber o raio, o raio sim, só esse raio o salva das raízes da árvore que arrasta as almas dos infelizes para o buraco das lamúrias de onde nunca mais saem, coitados não têm a sorte nunca avistaram o raio da salvação.

Acabo por sentar e pensar, sim pensar, porque? Porque? Isto acontece… algum motivo aparente, ou apenas implicância de anjos que não acreditam em mim, que pensem que sou mais um derrotado, ahahah ahah, mas enganam-se eu levanto-me sacudo o pó, é certo que os furos que estão abertos nos recantos da alma, que os sentimentos feridos sejam difícil segurar, tornam-se pesados põem-me cansado, estou cansado mas desistir, desistir? Não posso, não é certo.

Coisas acontecem, actos são tomados, decisões outrora tomadas tornam-se agora futilidades estúpidas que a mente desmente com uma desculpa de ser medos ou incapacidades de reacção, qual que? Pregar partidas é o que melhor sabe fazer, fazer perder oportunidades pode ser o teu ponto forte mas não reinas para sempre porque eu, eu vou-te derrotar, com mil armas te ataco, até que fiques minúscula que os meus olhos dirão: eras tão grande, agora és pequena, derrotada.

 

Admito, sou fraco para que desmentir, os medos absorvem os meus pensamentos canalizam de forma a obter um produto que não era o esperado. Medo de dizer o que sinto, medo de actuar como devo, medo de fazer o que acho que está bem, medo palavra medo, defino medo como aquilo que mais ansiamos ter e que falta coragem para a obter, sim é isso mesmo, pensa comigo aquela miúda que gostas que anseias ter isso são os teus pensamentos, agora o medo pega nisso transforma adiciona defeitos, altera ideias, inúmera preconceitos complexidades fúteis que o medo torna real e acima da lógica, tudo isso muda os teus pensamentos logo muda a tua forma de ser, de reagires, passas a ser uma segunda personagem da tua própria vida. Sim uma segunda e mera personagem, e é isso que queres? Respondo não. Quero ser a primeira. É a minha vida a personagem principal devo ser eu. Agora só preciso aceder a este pensamento que é algo complicado mas nada é impossível.

O impossível só torna o possível ainda mais interessante de alcançar

Lembro-me disso como uma filosofia que eu imaginei que seja a correcta. Chega de pensar que não, não consigo, não sou capaz, não vale apena, não consegues, apenas depende de mim de mim de mais ninguém.

Hoje dia dezanove abril, e eu novamente sem saber o que fazer pregado a demasiadas incertezas, medos, receios de tomar aquela decisão. Ousar pensar deixar de falar para ela para que a mente se esvazie mas, mas já não vale apena, os meus olhos tentam esconder o que sinto mas lá conseguem eles tal proeza de desmentir o que o coração pensa? Mas posso sempre tentar esconder, finta-los porque o que os olhos não vêm o coração não sente isso tenho cem porcento certeza, e a única certeza que também tenho é que GMDT aquele ser humano belo magnifico.

Foram precisos mil anjos se juntarem para criarem um ser tão omnipotente, a sua presença altera o equilíbrio do meu consciente, tal plenitude, todos os movimentos alternados do seu corpo formam uma dança que poucos conseguem imaginar, uma dança de sensualidade de expressões características do seu ser, fazem com que voemos para uma realidade paranormal onde tudo pode ser possível onde a imaginação não tem barreiras.

Dizem que deus escreve direito por linhas tortas, mas eu não, escrevo torto por linhas direitas, linhas direitas essas que parecem tão fácil de cumprir. Que a sociedade espera que sejamos capazes de cumprir com rigor e que a mínima falha logo nos criticam dão opiniões de como deve ser. Eu sei que devo cumprir, mas os pensamentos misturados com sentimentos geram um turbilhão que faz com que me desvie das mesmas.

Umas linhas que parecem tão fácil cumprir mostram-se agora barreiras intransponíveis que não consigo ultrapassar que ao contornar sou confrontado pelos demais mas, mas não tenho culpa de não as conseguir manter. Sinto-me á margem de uma sociedade que nos empurra para regras e preconceitos, deixamos de ser um ser vivo passamos a ser um ser humano, não quero ser apenas um ser humano quero viver ser um ser vivo com emoções, não mais uma máquina que é manipulada dia a dia o moldada consoante a ideia de quem se julga superior.

Estou construindo uma estrada, e sempre que me deparo com uma outra menor que se queira juntar eu digo sim, e continuo o meu caminho construindo pedra a pedra os suportes para que não caia, até que essa estrada que se junta se afasta do rumo da minha e mesmo assim ela não para sigo em frente até que me deparo com uma que se manteve paralela á minha e que nunca tinha dado importância até que um dia revejo o caminho e olho se vamos no mesmo rumo paralelo para que não juntar forças numa só estrada? Mas implica abdicar de tudo. Passo a depender de factores que desconheço e se essa mesma abdica da junção! Entre outras dúvidas, fico num rumo desorientado, no que torna difícil prosseguir com a minha estrada.

Deixo em stand by, continuam os caminhos paralelos. E penso se um dia se juntarão a duvida permanece agora a sempre, mas que hei-de fazer? O medo absorve coragem e nada me deixa decidir. Mas uma coisa garanto invejo pertencer aquele rumo pelo qual imagino muitas estradas se queiram juntar. Qual delas conseguirá? A mais forte? A mais leve? A mais humilde? A mais sincera? A mais curiosa? A mais rica? ….. Não sei. talvez um dia descubra, com sorte até seja a minha.ahah.

Não vale roubar o texto..sê original

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